terça-feira, 30 de agosto de 2011

Essa fase da doença está muito dificil

Após uma noite mal dormida, devido aos acontecimentos de ontem, porque fiquei pensando por longas horas a respeito dos medicamentos que minha mãe está tomando e tentando, com base nos efeitos medicamentosos que o médico me explicou, achar uma combinação exata de remédios que pudessem surtir um efeito positivo na atual situação da doença dela.

Penso ser um coquetel fortíssimo que ela vem tomando.  É fato que o último remédio acrescentado pelo médico (ALOIS) não surtiu um efeito positivo.   Pelo que o médico dela me disse, tanto o SEROQUEL quanto o LEXOTAN são calmantes.  Sendo que o SEROQUEL faz ela dormir e o LEXOTAN a tranqüiliza nos momentos de nervosismo.

Hoje ao chegar na casa dela pela manhã, meu pai disse que tinha dormido ontem após eu sair de lá até a 1 h da manhã, quando recomeçou a gritar: “ABRE A PORTA! ABRE A PORTA QUE MINHA FILHA FECHOU!”   A porta a que ela se refere é a porta principal da casa.  Ficou gritando isso até as 3,30.  Meu pai disse que os vizinhos já estavam próximos a janela para escutar o que ela gritava.  Meu pai não agüentou e  adormeceu mesmo com os gritos dela. 

As 5,45hs, quando entrei na casa deles, estavam dormindo.  Meu pai levantou e ela continuou dormindo.  Comecei a preparar o café da manhã deles, quando de repente escuto um barulho no quarto.  Era o segundo tombo dela no dia que mal acabava de começar.  Meu pai disse que ela já tinha caido durante a noite.  Eu e meu pai a levantamos e a trouxemos para a sala.  Levei-a ao banheiro.  Sentou-se com a fralda... não teve paciência de esperar eu tirá-la.  Urinou enquanto falava um monte de coisas desconexas.  Em seguida a levei para sentar-se na sala enquanto eu terminava de preparar o café da manhã dela.  Ela levantou-se e tornou a cair.  Falei  que ela precisava ficar sentada pra esperar o café da manhã.  Então ela começou a gritar: “QUERO COMER! QUERO COMER!”  “ME DÁ COMIDA! ME DÁ COMIDA!”.  
Falei pra ela ter um pouco de paciência. Meu pai teve que segurá-la para eu poder terminar o sucrilho dela. 

Comeu sucrilho com mamão, leite e mel. Depois comeu um sanduiche de pão com requeijão e uma caneca cheia de café com leite.

Estava com um olhar estranho, meio vidrado, apático. 

Logo que terminou de comer ameaçou se levantar e disse que iria na cozinha.  Qdo perguntei o que ela iria fazer, ela disse que iria comer!!!  Falei que ela tinha acabado de tomar café da manhã.  Ela disse que isso não era comida, e ela queria comida, iria fazer arroz com ervilha e peixe. 

Falei com ela que qdo a cuidadora chegasse ela iria preparar a comida.  Então mais uma vez ela começou a gritar e a chorar.  “ME DÁ COMIDA!”  “EU QUERO!”

Meu Deus! Eu e meu pai já não sabíamos mais o que fazer.  Conversava com Deus pedindo uma luz enquanto olhava pra ela gritando, sem a menor expressão na face, apenas gritando como uma criança quando quer conseguir algo.  Só gritava e mais nada.  Então dei os remédios pra ela (captopril e seroquel) e falei que iria ligar para o Silvio pra ele ir lá se ela continuasse a gritar.  Passaram-se alguns segundos e ela pediu para ir deitar.  Levei-a para a cama e em menos de 5 segundos estava roncando.

Na hora do almoço passei por lá pra ver como ela tinha reagido após acordar.  Pelo que eu soube ela dormiu pouco com o remédio que eu dera pra ela.  Doença ingrata.  Deus me ajude e a meu pai, pois está muito difícil de suportar.

Na volta do trabalho, passei na casa da minha mãe e encontrei minha filha com ela.  Meu pai disse que ela estava gritando desde as 18,30.  Disse que tinha uma porta no teto que eu tinha fechado e gritava pra abrir a porta.  Os vizinhos preocupados com a gritaria apareceram na janela.  Meu pai disse que estava tudo bem que aquilo era loucura da cabeça dela.  Minha filha tentou acalma-la, mas está mto difícil.  Ela queria lanchar pela terceira vez.  Observei que nessa fase da doença ela tem sentido muita fome.  Falei com ela que ela tomaria um copo de suco com os remédios pois estava na hora de dormir.  Tomou os remédios e qdo viu que eu não daria nada pra comer aquela hora disse que tb não iria tomar o suco.  Eu não forcei.
Pedi e implorei pra ela não gritar e dormir.  Mas só Deus nessa hora!!

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