sexta-feira, 5 de agosto de 2011

2009

Ano em que ocorreram muitas mudanças.   Moradia nova, casamento de neto em São Paulo, mudança de plano de saúde.
Arrumamos o apartamento com todo o conforto que pudemos proporcionar... mas minha mãe nunca estava satisfeita... sempre ansiava por mais.
Resolvi não deixa-la mais cozinhar, estava ficando muito perigoso.  Ela não conseguia ficar em pé por muito tempo e tinha medo dela cair em cima do fogão.  Passei a fazer comida pra eles.
Foi em abril de 2009 que ocorreu o primeiro lapso de memoria dela que realmente nos preocupou.  Eles estavam na rodoviária para pegar o onibus para SP, e minha mãe achou que eles já estavam em SP.  Aquilo no preocupou, porque ela afirmou com certeza absoluta que já estava em São Paulo.  Aos poucos a convencemos de que na verdade eles ainda estavam no Rio.
Ao voltar de São Paulo mais novidades.  Eles perderam o plano de saúde.  Para não ficarem a mercê do SUS fizemos um plano de saúde provisório (Memorial Saúde).  Isso acarretou problemas sérios.  Todo o tratamento que eles vinham fazendo com os médicos de costume tiveram que ser interrompido.
Levei-os a um geriatra para que o tratamento continuasse.  Só que o geriatra começou a retirar vários remédios de uso diário deles.  Inclusive suspendeu o uso do Depakote, que a minha mãe vinha tomando há alguns anos.  Dois meses após a suspensão do medicamento, ela voltou a cair.  As quedas tornaram-se constantes e as visitas ao pronto-socorro também.  Ninguém sabia o que ela tinha... Falei com o médico a respeito da retirada do remédio que ela fazia uso direto, e que o neuro havia alertado que ela não poderia deixar de toma-lo para o resto da vida.  Mas o geriatra disse que aquele remédio era indicado para pessoas bipolares e esse não era o caso da minha mãe.   Fiquei durante oito meses nesse sufoco.  casa - hospital / hospital - casa.
Mudamos o plano de saúde para a Unimed e pudemos voltar a consultá-la com o neuro dela.  Ele voltou com o remédio e disse que além de servir para pessoas bipolares o remédio tambem servia para crises epileticas (que era o caso da minha mãe).
Após voltarmos com o remédio ela foi melhorando aos poucos em relação as quedas, mas a cabecinha estava muito confusa...

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