sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Perambulação

Hoje cheguei na minha mãe e encontrei-a dormindo.  Meu pai disse que ela ficou gritando de 1 as 3 da manhã.  Ou seja uma noite agitada como todas as noites dessa semana.  Estava mais do que decidido que iria falar com o medico dela hoje.
Esperei ela acordar.  Acordou tranquila, tomou o café da manhã, mas já não estava com aquele apetite do dia anterior.  Disse que queria caminhar.  Como aqui no Rio está frio peguei o casaco dela, pois ela queria caminhar no quintal.  Ela não quis colocar o casaco de jeito nenhum.  Caminhou sozinha.  Deu seis voltas no quintal e em cada volta completa ela entrava em casa ia no quarto, cozinha e voltava para o quintal.   Sete vezes ela fez o mesmo percurso.  Na ultima volta ela já demonstrava cansaço mas não deu o braço a torcer.  Falei com ela que já bastava mas ela teimou e saiu e acabou caindo.  Não se machucou, pois eu consegui segura-la.   Não deixei mais ela sair.  Fechou a cara pra mim com raiva.
Deixei ela com meu pai e parti para o medico.  Ele falou tudo o que eu já sabia.  Todo esse disturbio comportamental é da doença.  E ele ia montar os remedios de maneira que ela ficasse mais calma.  Ele dobrou a dose de calmante.  Insistiu na administração do ALOIS que eu tinha parado pq achei que não estava ajudando mto.  Ele disse que o organismo precisa se adaptar ao remedio.  Que eu tivesse paciência pois ela esta tomando os melhores remedios para a doença dela.
Pelo que eu li no diário o dia foi um pouco mais tranquilo que o de ontem, embora ela ainda tenha gritado um pouco.
Agora a noite, depois que a cuidadora foi embora, ela gritou um pouco.   Meu pai ficou em oração e depois de algum tempo ela se calou.
Tomara que essa nova dosagem de remedios dê algum resultado.

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