domingo, 8 de janeiro de 2012

A Casa de Repouso.


Eu, meu pai e minha irmã, tomamos uma decisão, que havia jurado para mim mesmo que nunca faria.  

Quando era criança, lembro que minha mãe tentou cuidar da minha avó em casa e do quanto foi difícil.   Uma vez minha avó saiu de casa e foi preciso espalhar cartazes pela cidade para poder encontrá-la.  Outras vezes foi preciso interná-la em um hospital para doentes mentais, tamanho o transtorno mental dela...

Gostaria de cuidar de minha até o fim dos seus dias, mas quando nos falta condições concretas para isso, como agir para não sentirmos a “síndrome de irresponsabilidade?”.

Foi e está sendo uma experiência dolorosa, que ainda assim quero compartilhar, porque tenho certeza que se repete com outras famílias. Tenho apenas uma irmã (que mora em São Paulo) e a minha mãe aos 81 anos de idade encontra-se em um processo de degeneração do cérebro: necessita de ajuda para alimentar-se, andar, etc... Meu pai, por sua vez, é deficiente visual e também necessita de ajuda para algumas coisas.  Mas ela necessita de apoio 24 horas ao dia. 

Durante o primeiro ano da doença, consegui tratá-la com a ajuda de meu marido que virou um terceiro filho para ela.  Três anos depois tive que contar com o apoio de duas cuidadoras que se revezavam em turnos de 48 horas. 

Procuramos adaptar a casa com barras, cadeiras de banho, etc.

O tempo foi passando, a doença progredindo, e o nosso esquema dava sinais claros que ela necessitava de um atendimento mais especializado; a sua casa não era mais adequada, a qualidade de vida era sofrível.  

Infelizmente a doença avançava e não havia sinais de melhora no atendimento doméstico. 

Me senti totalmente culpada com a possibilidade de levá-la para uma casa de repouso. Mas por indicação de uma amiga de meu marido, encontramos uma casa de repouso chamada "Aconchego dos Avós", onde ela receberia o acompanhamento de enfermeiras durante todo o dia, com visita semanal de médico geriatra, nutricionista e onde ela poderá fazer também tratamento terapêutico.

Senti que essa casa estava preparada para receber minha mãe.  Pedi o apoio de minha irmã, que veio de São Paulo para conhecer a casa e ratificar a nossa escolha.

E como contar à nossa mãe o destino que havíamos traçado? Sentia dor no estômago, dormia mal e angustiada com a idéia. Tomada de uma força divina, olhei a minha mãe e calmamente afirmei que iríamos levá-la a um local para que ela pudesse tratar das pernas que não mais andavam.  Ela me dizia "minhas pernas estão amarradas".  Mas minha mãe nunca foi "boba" e ela sem dizer nada mas com o olhar nos deu a entender que ela sabia para onde estava indo.   

Durante o trajeto eu engolia as lágrimas e a sofreguidão.   Assim que ela entrou ficou um pouco inquieta chamando todos os nome que lhe vinha à cabeça.  Orlando, Catia, Fatima, Silvio, Pablo.  Aos pouco fomos saindo e quando ela se calou, fomos embora.  Sem nos despedirmos...

Me senti péssima.  O primeiro dia foi muito difícil.  Chorei, chorei e chorei.  E minha mãe chamava Orlando, Orlando, Orlando!!  Chorei no segundo dia, meu marido preocupado comigo, pois não queria que eu adoecesse.  E eu não via a hora de fazer a minha primeira visita à minha mãe.

Na 5ª feira (nossa primeira visita) pedi os primeiros 15 minutos com ela.  Precisava falar com ela claramente para que ela entendesse que estava ali em tratamento e que eu iria visitá-la sempre.  Acho que ela entendeu.   Não chorou nem pediu para voltar para casa.  


Cantamos, rimos e conversamos.  Na hora da despedida nos beijamos, me abraçou apertado e me disse "tchau"...  

Hoje na segunda visita, a mesma preocupação me abateu.  Ela vai chorar e pedir para voltar.  Mas apesar de estar bem sonolenta, conversou, cantou, e quando fui me despedir ela estava dormindo como um anjinho.  Dei um beijo e saí com o coração apertadinho, mas com a esperança dela melhorar um pouquinho para te-la pertinho de mim por mais alguns anos.

Certamente, a minha filha não sofrerá tanto no momento da inevitável decisão. Este é o ciclo da vida...

3 comentários:

  1. Olá
    Nos estamos passando pelo mesmo problema, nosso pai não anda, não fala, não sabe se alimentar, engasga com água e tem diabetes. Somos eu e minha irmã e ela mora distante de mim em outra cidade. Ele precisa de pessoas pra levantar, dar banho e não sabemos o que fazer...
    Já não consigo fazer quase nada com dores nas mãos e pulsos de anto esforço, agora é minha irmã que está passando pelo mesmo problema...

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  2. Estes blogs são importantíssimos para nos dar força nesse momento tão difícil. Meu pai também... é uma história muito triste... minha mãe morreu qdo ele tinha 39 anos e ele cuidou de nós 5, todos pequenos, do jeito que conseguiu... e agora, no final da vida... está diabético, hipertenso, é alcoolatra e fumante... estava sozinho em casa até que meu irmão chegou e ele estava desmaiado. foi para o hospital, ficou em coma 15 dias e depois de melhorar um pouco não pode continuar mais no hospital até poque estava muito violento com os enfermeiros e médicos, teve alta e foi para uma casa de repouso para continuar o tratamento até poder andar e comer sozinho e curar uma escara enorme na região sacro. Também não pode continuar lá porque quebrou o dedo de uma enfermeira e estava maltratando os outros idosos...O que fazer, meu Deus, que desespero!
    Vcs conhecem um local em Belo Horizonte que possa tratar um idoso, desequilibrado? É comum isso nessa faze da vida? É muito triste...

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